quarta-feira, 29 de abril de 2015

O meu Eu

Percorro, este caminho tão solitário, tão escuro... À minha volta só vejo as folhas murchas espalhadas pelo chão, caixotes do lixo derrubados, latas vazias a serem empurradas pelo vento . Á medida que vou andando, ouço o chiar das árvores ... Fico parada a admirá-las, como são tão fortes e enormes, mas mesmo assim o vento tem mais força do que elas!
E eu aqui sozinha ... Sento-me neste banco tão sem cor, velhinho e com um aspeto tão abandonado!
Olho para todo o lado e só estou eu aqui, com receio, a tremer, mas ao mesmo tempo sinto-me tão bem neste lugar tão solitário! Aqui, sinto que ninguém me incomoda, ninguém me trata mal, só tenho que lidar com a minha própria companhia! Oh bolas ... não sei como vou continuar a escrever neste pedaço de papel que encontrei, também perdido pelo chão , se agora começou a chover ... Estou tão deprimida neste ambiente, sinto-me que perdi tudo! No meu inconsciente enquanto escrevo , está a tocar uma balada tão triste, que nem eu mesma a conheço.
Sinto que, todo o esforço que fiz até agora, de nada serviu ... Todas as objecções que fui enfrentando ao longo da minha vida ... Acabaram, por não dar em nada ...
Olho para o meu Ser, e quando preciso de um simples abraço, não tenho ninguém para me dar! Estou aqui ... Encolhida, com as mãos agarradas ao cabelo, as lágrimas a escorrerem-me pelo rosto, e á medida que vou escrevendo as forças e as palavras vão-me falhando . Eu me pergunto, onde estão todas aquelas forças que eu tinha? Onde está aquele ambiente tão mágico que a minha vontade de saltar de alegria era maior do que tudo. O meu coração transbordava amor de tanta felicidade que sentia ... E, agora estou assim ... Como se estivesse, sem família, sem casa, sem amigos, sem Vida ... Completamente, perdida ... A minha própria chama, o meu brilho apagou-se, até quando é que o meu Ser, vai habitar neste local chamado de, Terra?

terça-feira, 28 de abril de 2015

Turbilhão de Sentimentos ...

Tantas e tantas voltas que a vida dá.... Fico tão tonta, tão confusa, tão enjoada... Sinto que, estou sempre a viver o mesmo ...
Estou literalmente de braços cruzados e parada, nem sei bem como caracterizar o sitio onde estou! É tão pequeno, e tão escuro, é tão gelado, tão vazio. Espera... Este não é o sitio onde me encontro, é mesmo o interior de mim!
Escrevo ... Rasgo ... Escrevo novamente ... Volto a riscar.... Não sei, bem o que estou a fazer, tudo me aborrece, tudo me entristece. O ar, o céu, as estrelas, o mar, a Terra, a Vida!
Porque sinto isto? Porque este pesadelo não sai de mim? Sinto que, todo o meu corpo está feito num nó e eu não estou a conseguir sair daqui!
Falo ... Grito... Mas, a minha voz não me sai. Que revolta! Alguém me  consegue ouvir? Que sufoco! Não consigo ter forças para gritar mais! Estou num vazio, sem saída... Onde estás tu? Minha luz, para te seguir, para correr atrás de ti... Uff, que turbilhão de sentimentos ....